Regimento Interno: importância e cuidados que devem ser tomados na elaboração

O Regimento Interno tem como objetivo garantir o funcionamento harmônico de um órgão, podendo ser privado ou público, a partir dele é possível conhecer mais especificamente as regras que regem a coletividade. Apesar de não existir exigência legal para a constituição de um RI em associações, é relevante obtê-lo, uma vez que se trata de um detalhamento do que está disposto no Estatuto, além da possibilidade de acrescentar normas de conduta e outras especificações . 

Quanto a segurança jurídica, assim como o Estatuto, o Regimento Interno é de suma importância e, ainda que seja facultativo seu registro, deve ser respeitado por todos. Esse registro garante que não haverá problemas relacionados a perdas ou no caso de um indivíduo, por malícia, sumir com o documento. É interessante ressaltar que para começar a estruturar o documento é preciso observar as características de sua associação e destacar que o RI não pode ir contra os dispositivos do Estatuto.

Características como os procedimentos de eleição e tomada de decisões, contratação de funcionários, prestadores de serviços e estagiários, admissão de voluntários, observação dos objetivos e valores, delimitação do funcionamento da associação, regras de criação, aprovação e desenvolvimentos de projetos, deveres e obrigações dos membros, entre tantas outras.

Além do mais, o RI é um documento mais flexível, pois sua vigência exige somente a aprovação da Assembleia Geral e não costuma ser solicitado em procedimentos burocráticos. Por isso, pode ser alterado sempre que surgirem dúvidas que não foram esclarecidas pelo Estatuto. Portanto, é importante para associações em geral estruturar o Regimento Interno, pois enquanto o Estatuto define o que é a Associação, o RI descreve como ela funciona. 

Sobre os cuidados que devem ser tomados no momento da elaboração, primeiramente, deve-se levar em conta a estrutura do documento, uma vez que todo Regimento Interno deve ser padronizado para não gerar problemas na interpretação. Para isso, coloca-se os dados da associação, os temas tratados, cláusulas que versam sobre obrigações e restrições entre outras coisas.

O segundo cuidado diz respeito a identidade organizacional, que deve ser observada para que todos os membros saibam sobre a missão, os valores e a visão aplicados na associação. A elaboração das cláusulas é o terceiro cuidado a ser tomado, pois é necessário separá-las em assuntos (capítulos). Em seguida, é de extrema importância que o RI preveja punições para o descumprimento de atividades, sempre visando seguir os dispositivos do Código Civil e  a proporcionalidade no momento de impor a punição.

Por fim, como quinto cuidado, deve-se garantir que todos os associados tenham acesso ao documento e esclareçam quaisquer dúvidas que surgirem. Desse modo, apesar de necessitar de uma simples aprovação, a Assembleia Geral que aprovar o documento deverá ser bem explicativa.

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